sábado, 8 de novembro de 2008

DOENÇAS AUTO-IMUNES

Introdução

O sistema imunológico humano é muito complexo e especializado, Na realidade as principais atividades imunológicas são desenvolvidas pelas células apresentadoras de antígenos (monócitos, macrófagos e células dendríticas), e linfócitos dos tipos T e B, e neutrófilos. Todo esse mecanismo imunológico, entretanto, pode ser alterado por proteínas anormais e induzir as células imunológicas (linfócitos, monócitos, neutrófilos e macrófagos) a atacarem células do próprio organismo. A esta inversão funcional das células que normalmente atuam como anticorpos, para células agressivas são conhecidas por auto-anticorpos.
Doença auto-imune é a situação médica na qual se desenvolve uma doença a partir de uma agressão do organismo contra elementos constitutivos normais, através de anticorpos. Uma proteína normal do corpo, por exemplo, é reconhecida como estranha. Contra ela o sistema imune desencadeia uma inflamação, tentando eliminá-la.
Auto-imunidade é a falha em uma divisão funcional do sistema imunológico chamada de auto-tolerância, que resulta em respostas imunes contra as células e tecidos do próprio organismo. Qualquer doença que resulte deste tipo de resposta é chamada de doença auto-imune. Exemplos famosos incluem a diabetes mellitus tipo 1, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, doença de Graves e artrite reumatóide.
São doenças que surgem quando a resposta imunitária é efectuada contra alvos existentes no próprio indivíduo. Respostas auto-imunes são frequentes, porém transitórias e reguladas. A auto-imunidade como causadora de doenças não é frequente, uma vez que existem mecanismos que mantêm um estado de tolerância aos epítopos do próprio organismo. As doenças auto-imunes têm etiopatonogênese complexa e multifactorial.
Qualquer destas patologias não existem químicos ,nem outros tratamentos considerados 100 % eficazes, no entanto existem resultados muito interessantes ao modificar a ingestão de nutrientes específicos para cada caso e cada pessoa. Pois ao contrário dos químicos, os nutrientes só têm beneficios, e nenhumas contra indicações, desde que se saibam utilizar. Contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida, e sem duvida alguma, como uma prevenção eficaz e por uma vida mais saudável.

















Componentes do Sistema Imune

O sistema imune é crucial à sobrevivência humana. Na sua ausência, infecções leves podem se tornar fatais. Esse sistema defende o hospedeiro contra substâncias estranhas utilizando diferentes formas de reconhecimento e uma ampla variedade de mecanismos efetores para eliminá-las. A capacidade do sistema imune em montar uma resposta eficaz contra qualquer antígeno, culminando com a sua completa eliminação é denominado competência imunológica. A defesa do hospedeiro é feita através de dois tipos de respostas: uma resposta imune inespecífica denominada imunidade inata ou natural, e uma resposta imune específica denominada adaptativa ou específica. Os leucócitos polimorfonucleares e os macrófagos participam da imunidade inata, que constitui uma primeira linha de defesa do organismo contra os diversos patógenos. Os linfócitos B e os linfócitos T fazem parte da imunidade adaptativa, sendo específica para o patógeno e leva a uma condição de proteção duradoura pela geração de células de memória. Os linfócitos B e T se originam de precursores linfóides na medula óssea. Os linfócitos B são produzidos e amadurecem na medula óssea, já os linfócitos T são produzidos na medula óssea e migram para amadurecem no timo. A medula óssea e o timo são conhecidos como órgãos linfóides centrais ou primários. Os linfócitos recirculam continuamente da corrente sangüínea para os órgãos linfóides periféricos ou secundários, onde eles encontram com o patógeno invasor. Os três principais tipos de tecidos linfóides periféricos são o baço, que coleta antígenos do sangue, os linfonodos, que coletam o antígeno dos sítios de infecção nos tecidos, e o tecido linfóide associado à mucosa, que recolhe antígenos das superfícies epiteliais do corpo.
Mecanismos de tolerância imunológica são necessários para impedir a reatividade contra os constituintes próprios do organismo. O sistema imune gera uma enorme variedade de receptores antígeno-específicos dos quais alguns podem se tornar auto-reativos, sendo estes devendo ser eliminados, funcional ou fisicamente. Dessa forma, essa discriminação entre o próprio (Self) e não-próprio (Not-Self) é importante para evitar o desenvolvimento de doenças auto-imunes.

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