sábado, 8 de novembro de 2008

METODOS CONTRACEPTIVOS INOVADORES POR RUBIA R.OLIVEIRA

METODOS CONTRACEPTIVOS INOVADORES

Métodos inovadores estão sendo agregados aos mais tradicionais como a pílula anticoncepcional, conciliando as necessidades biológicas de cada um com o método a ser adotado. As variedades são muitas, mas não ainda o suficiente, para que os casais estejam seguros quanto a sua eficácia, sendo que cada dia aparece um novo tipo de anticoncepcional que os levam a questionar se a novidade não é o que atende as suas necessidades.
Veja a relação dos diversos métodos anticoncepcionais, a escolha deve ser personalizada, pois o médico sempre levará em conta, além dos fatores orgânicos, a idade, número de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado meio.
TABELINHA: O mais antigo método ainda é indicado para as mulheres com ciclo menstrual regular, o método rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha) procura calcular o início e o fim do período fértil. A mulher deve calcular o seu período fértil e abster-se de relações sexuais com contato genital do 10º ao 18º dia do ciclo. É pouco eficaz se não for combinado com outros métodos, como preservativos ou espermicidas.
MUCO CERVICAL (Billing): É a identificação do período fértil através das modificações cíclicas do muco cervical. O muco, logo antes da ovulação, atinge o chamado ápice, no qual fica alterado e mais grosso. O período fértil é nos próximos quatro dias, porém qualquer alteração provocada por doença, por exemplo, torna o método pouco confiável.
COITO INTERROMPIDO: Baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e, no momento, retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade, levando à disfunção sexual do casal, e deve ser desencorajado.
CAMISINHA ou PRESERVATIVO: Quase todas as pessoas devem usar os preservativos, já que protegem contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS, e previnem contra doenças do colo uterino. Além disso, não faz mal a saúde e é de fácil acesso.
O preservativo masculino é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual e impedindo seu contato, e de outros microorganismos, com o órgão sexual feminino. Deve ser retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas da camisinha para impedir que os espermatozóides escapem para a vagina. A taxa de falha varia de 3 a 14 mulheres em 100 em um ano de uso.
O preservativo feminino constitui-se em um tubo de poliuretano, com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano. O produto já vem lubrificado e deve ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano que, por ser mais resistente que o látex, pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes. Deve ser retirado logo após a ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra o líquido seminal para dentro da vagina. Se usada corretamente, sua eficácia é alta – varia de 82 a 97%.
DIAFRAGMA: É um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto a um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. Não é descartável. Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para uma adequação perfeita. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última relação sexual de penetração.
ESPONJAS e ESPERMICIDAS: As esponjas são feitas de poliuretano e são adaptadas ao colo uterino com alça para sua remoção. Descartáveis, elas estão associadas a espermicidas, que são substâncias químicas que imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas.
DISPOSITIVOS INTRA-UTERINO (DIU): Os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios. São inseridos na cavidade uterina pelo médico e atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem dos espermatozóides pelo trato reprodutivo feminino. Os problemas mais freqüentes durante o uso do dispositivo são a expulsão do aparelho, dor pélvica, dismenorréia (sangramentos irregulares nos meses iniciais) e aumento do risco de infecção (aguda sem melhora ou persistente). Mulheres que têm hemorragias muito abundantes ou cólicas fortes nas menstruação, ou que tenham alguma anomalia intra-uterina (miomas ou câncer ginecológico, infecções nas trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao cobre) não podem usar o DIU. A gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando de 95 a 99,7%).
O DIU combinado com hormônios é em forma de T, com um reservatório que contém 52 pg de um hormônio chamado levonogestral, que age na supressão dos receptores de estriol endometrial, provocando a atrofia do endométrio e inibição da passagem do espermatozóide através da cavidade uterina.
PÍLULA – ANTICONCEPCIONAL HORMONAL COMBINADO ORAL: A pílula consiste na utilização de estrogênio associado à progesterona, impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Também modifica o muco cervical, tornando-o insensível ao espermatozóide, altera as condições endometriais, modifica a contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular. Existem diversos tipos de pílulas. As mais comumente receitadas são:
1 – pílulas monofásicas: toma-se uma pílula por dia, e todas têm a mesma dosagem de hormônios (estrogênio e progesterona);
2 – pílulas multifásicas: toma-se uma pílula por dia, mas existem umas com diferentes dosagens, conforme a fase do ciclo. Por isso, podem ter dosagens mais baixas e causam menos efeitos colaterais;
3 – pílulas de baixa dosagem ou minipílulas: têm uma dosagem mais baixa e contêm apenas um hormônio (geralmente progesterona), causando menos efeitos colaterais. São indicadas durante a amamentação, como uma garantia extra para a mulher e devem ser tomadas todos os dias, sem interrupção, inclusive na menstruação.
As pílulas podem causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios, ganho de peso ou retenção de água, alterações no humor, manchas na pele, dor de cabeça, aumento na pressão sanguínea. Mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com doenças do fígado e do coração, hipertensão, suspeita de gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade não devem usar pílulas. Além disso, são menos efetivas quando tomada com algumas drogas, como antibióticos, que interferem na sua ação. Tomadas por muito tempo, podem aumentar o risco de câncer de mama e não são recomendadas para mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.
PÍLULA DO DIA SEGUINTE: A anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas após a relação sexual) evitando-se a gestação após uma relação sexual desprotegida. O método só deve ser usado nos casos de emergência, ou seja, nos casos em que os outros métodos não tenham sido adotados ou tenham falhado de alguma forma, como esquecimento, ruptura de camisinha, desalojamento do diafragma, falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da tomada de pílula por dois ou mais dias em um ciclo ou em caso de estupro. Esse contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona e previne a gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação do blastocisto. Essa medida causa vários efeitos colaterais e não deve ser usada regularmente. Seu índice de falha, se usada até 24 horas da relação é de 5%, entre 25 e 48 horas é de 15% e entre 49 e 72 horas o risco aumenta para 42%.
INJETÁVEIS: Contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração parenteral (intra-muscular), com doses hormonais de longa duração. Consiste na administração de progesterona isolada com obtenção de efeito contraceptivo por períodos de um ou três meses, ou de uma associação de estrogênio e progesterona para uso mensal. A taxa de falha na injeção mensal varia de 0,1% a 0,6%, ou seja, de cada 1000 mulheres que usam durante um ano, de uma a seis engravidam. A taxa de falha da injeção trimestral é de 0,3% , ou seja, de cada 1000 mulheres que usam durante um ano, apenas três engravidam. Como efeitos colaterais existem as alterações do ciclo menstrual, ganho de peso, dor de cabeça leve e vertigens.












IMPLANTE HORMONAL: É um microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, implantado, pelo médico, no antebraço (com anestesia local) e inibe a ovulação. É imperceptível ao toque e dura três anos. Com mais de 99,9% de eficácia, pode ser retirado a qualquer momento pelo médico e apresenta uma incidência extremamente baixa de efeitos colaterais.
ANEL VAGINAL: É um anel com etonogestrel e etinilestradiol que é colocado na vagina pela mulher no quinto dia da menstruação, permanecendo nesta posição durante três semanas. Deverá ser feita uma pausa de 7 dias e novo anel deve ser utilizado por mais 21 dias. Os hormônios não passam pelo trato digestivo, já que caí diretamente na corrente sanguínea, evitando efeitos colaterais.
ADESIVO ANTICONCEPCIONAL: É um adesivo que deve ser colado na pele, em diversos locais do corpo, permanecendo na posição durante uma semana. A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando prováveis efeitos colaterais da pílula.
LAQUEADURA TUBÁRIA E VASECTOMIA: A esterilização (laqueadura tubária e vasectomia) é um método contraceptivo cirúrgico e definitivo, realizado na mulher por meio da ligadura ou corte das trompas, impedindo o encontro dos gametas masculino e feminino. No homem é feita a ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos espermatozóides no líquido ejaculado.

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